Dou start no blog falando do “Fever Ray” projeto de Karin Dreijer (metade do genial The Knife) com seu disco de estréia e homônimo, disco esse que de cara pode soar estranho, bizarro, (o que não dizer que não seja), mais fato é que com o passar das audições o disco vai te envolvendo de tal forma que quando se dá conta você já esta pego pela voz hipnotizante de Karin, pelas batidas que parecem retiradas de algum ritual e synths que parecem ser de outra galáxia.
Fever Ray é um álbum de difícil descrição e que também faz parte do ame-o ou deixe-o para sempre.
Citando alguns destaques do álbum, o que pra mim é bem difícil já que eu curto todas.Mas vamos lá, o álbum já começa dando a cara do que se trata essa viagem pra outra dimensão.
“If I Had A Heart” começa com um synth podendo se dizer até fúnebre e logo acompanhado pelo vocal também de dar medo, dando início ao ritual, evocando através da letra “if i had a heart i could love you, if i had a voice i would sing”, toda magia deste cd, por mais “simples” que pareça a construção, essa música gruda na sua mente logo na primeira audição.
Seguida por “When I Grow Up” mantendo o clima melancólico, com um “assovio” que se estende pela faixa toda, como se fosse o vento que passa através de frestas num típico dia nublado, onde estamos esperando pela tempestade para limpar o turbilhão, (tenho mania de ouvir a música e ficar imaginando cenas, portanto não liguem pras minhas viagens), com batida marcada, como de um coração, e o vocal lindo de Karin, cantando “When I grow up I want to be a forester Run through the moss on high heels That’s what I’ll do..” A música termina com lindas melodias como se o temporal já tivesse passado e fosse a chance do recomeço. Destaque também para o absurdo clipe.
“Triangle Walks” pra mim é a que mais se parece com o The Knife, talvez por considerar a mais “alegre” no álbum, começa com aquele clima de mistério já característico, porém o clima aqui é menos pesado que nas demais.
E assim segue o álbum com a poderosa “Dry and Dusty” com os barulhinhos que se parecem com fogos de artifícios, aqueles que tem um “apito”, antes de explodir saka?
“Seven” onde os excêntricos vocais de Karin estão maravilhosos.
Bom como já devem ter percebido, sou suspeito pra falar, considero realmente esse álbum mágico, um dos destaques de 2009 com certeza, e todo esse clima “melancólico” que citei durante a resenha, na real é algo positivo que me deixa feliz, pensativo, ah e uma coisa que esqueci, muito vai do momento que você para pra ouvir o álbum, vai influênciar muito na maneira que você vai avaliá-lo.
Tracklist:
1. If I Had a Heart
2. When I Grow Up
3. Dry & Dusty
4. Seven
5. Triangle Walks
6. Concrete Walls
7. Now’s The Only Time I Know
8. I’m Not Done
9. Keep The Streets Empty for Me
10. Coconut